♪♫♪Técnica Vocal♪♫♪

ARTIGOS E TEXTOS INETENTES À TÉCNICA VOCAL

Essa página tem com oobjetivo dar dicas e auxiliar principalmente os cantores de igreja e demais profissionais da voz. Lembrando que sempre é importante cuidar da SAÚDE VOCAL e ter um acompanhamento de um professor de canto ou fonoaudiólogo, especialmente para quem canta ou fala bastante.

OBS: Todos os textos possuem fontes em cumprimento à legislação de direitos autorais. Não fazemos publicações sem fonte, exceto quando as mesmas são feitas pelo criador do blog e professor de técnica vocal e coordenador do Grupo Pequenos Cantores de Cristo, Agnaldo Armindo. 

» ORIENTAçõES A CANTORES
Lembretes gerais 

Cuide de sua saúde geral – Manter-se em boas condições de saúde geral auxilia a produção da voz, quer seja cantada ou falada. São raros os indivíduos doentes que mantém boa emissão vocal.

Mantenha uma dieta balanceada - Todas as funções especiais do corpo, e o canto é uma função especial, requerem grande porte energético; mantenha uma dieta balanceada e evite excesso de gorduras e alimentos muito condimentados, o que lentifica o processo digestivo e limita a excursão respiratória.

Aqueça e desaqueça a voz antes e depois das apresentações – Lembre-se que o ajuste para a voz cantada é diferente do ajuste para a voz falada; assim, a voz cantada deve ser usada unicamente nas situações de canto.

Lembretes para jovens cantores
Evite cantar nos extremos de sua tessitura, tanto em notas muito agudas como em muito graves, para não forçar precocemente sua emissão. Trabalhe sobre um repertório adequado às suas possibilidades e ao seu preparo. Algumas vozes levam anos para serem corretamente classificadas. Se sua voz não tem uma qualidade especificamente definida, pode ser que a classificação vá demorar algum tempo, o importante é não exigir mais do que suas condições vocais podem corresponder, sob risco de se desenvolver lesões nas pregas vocais.

Lembretes para as cantoras
Quando possível, evite cantar ou vocalizar com muito esforço no período pré-menstrual, geralmente de 1 a 3 dias antes da menstruação, e durante a menstruação. Não são todas as mulheres que apresentam alterações vocais e laríngeas nesse período, mas a tendência é de haver edema (inchaço) generalizado no corpo e também localizado na laringe. Além disso, há uma maior fragilidade nos capilares sanguíneos, o que favorece lesões hemorrágicas. Isto significa que durante este período é mais comum se desenvolverem pequenas alterações sobre as pregas vocais, ou ainda, tornarem-se mais acentuadas as já existentes. Os nódulos vocais, popularmente chamados de “calos”, podem, até mesmo dobrar o seu tamanho. A voz tende a ser mais soprosa, com ar na emissão, e as notas agudas são alcançadas com maior esforço.

Evite também cantar a partir do sétimo mês de gestação, pois além do edema associado a esta condição, a respiração pode se tornar muito superficial e limitada devido à expansão abdominal, que dificulta a movimentação do diafragma.



» MITOS SOBRE A VOZ CANTADA
A área da voz humana é rica em mitos, devido não somente à natureza artística que a envolve, mas também por ela ser um produto considerado abstrato, quase etéreo, por vezes divino. Esta concepção e o atraso da ciência na compreensão e explicação da produção da voz fizeram com que vários mitos se perpetuassem até nossos dias.

1. Aprender a respirar e a cantar com o diafragma
O diafragma, um músculo muito importante na respiração, apresenta forma de guarda-chuva aberto e separa o pulmão da cavidade abdominal. Na inspiração o diafragma se retifica com a entrada do ar e massageia as vísceras, porém não se respira com e nem pelo diafragma e também não se canta pelo mesmo.

Na verdade o que o aluno de canto aprende é controlar melhor o fluxo de ar que sai dos pulmões em direção à laringe e às pregas vocais.


2. Nunca respirar pela boca
A cavidade nasal é a entrada preferencial do ar para dentro do corpo. No nariz, o ar é purificado, aquecido e umidecido, usando nesta tarefa, uma série de cílios (pêlos) e reentrâncias (coanas) por onde o ar passa em redemoinhos. Por outro lado, a respiração bucal é mais rápida e direciona maior quantidade para dentro dos pulmões num tempo mais curto, já que o trajeto a ser percorrido é menor e a porta de entrada maior. Assim sendo, durante o canto ou a conversa em frases rápidas, é impraticável respirar apenas pelo nariz, o que nos leva à respiração buco-nasais, com entradas bucais nas emissões que se sucedem rapidamente e entradas nasais nas pausas longas.



3. Não usar falsete, pois é uma voz falsa e faz mal. Além disso, mulheres não têm falsete. 
Falsete é o modo de se emitir a voz. Esse conceito está associado à noção de registros vocais. Em relação à voz, registro refere-se aos diversos modos de se emitir os sons da tessitura. De modo geral reconhece-se a existência de três registros: o basal, o modal e o elevado. O falsete é um dos sub-registros que compõe o registro elevado, que é o das notas mais agudas da tessitura. Este nome não quer dizer que a voz soe falsa ou que seja produzida por outras estruturas que não as pregas vocais. Falsete vem de falsa voz feminina, pois alguns homens cantavam em falsete na idade média, quando não se permitia que as mulheres participassem de coros religiosos. Na emissão em falsete as pregas vocais estão alongadas, porém com pouca tensão. A mudança para o falsete corresponde a uma necessidade fisiológica de se prosseguir numa escala musical em ascendente.


4. Não apresentar zonas de passagem de registro
Existem regiões intermediárias entre os registros vocais, quer seja entre o basal e o modal, ou entre o modal e o elevado nas quais ocorrem as principais mudanças nas ações musculares. Essas regiões são conhecidas como zonas ou notas de passagem. Alguns cantores não mostram suas notas de passagem, enquanto outros apresentam verdadeiras quebras de sonoridade entre a última nota de um registro e a primeira nota do registro seguinte. Na verdade, a mudança entre os ajustes musculares sempre ocorre, o que varia é o quanto ela é evidente ou não para o ouvinte.


5. Gargarejar com uísque ou similares antes dos ensaios e apresentações
Alguns cantores têm o hábito de gargarejar bebidas alcoólicas ou até mesmo de tomar uma dose para “esquentar” a voz antes de ensaios ou apresentações. Essas pessoas geralmente referem que fica mais fácil cantar sob o efeito do álcool. A ação imediata do álcool sobre as paredes da boca e da faringe é o de uma anestesia temporária, o que significa que as sensações nessa região ficam reduzidas. Assim, todo o esforço que se pode estar fazendo para cantar não é percebido e o cantor pode erroneamente acreditar que está cantando melhor. Além disso, o efeito do álcool sobre o sistema nervoso nos deixa mais desinibidos, mais soltos e, portanto, o medo de uma apresentação pode diminuir. Contudo, a partir de uma segunda dose (ou até mesmo da primeira, em pessoas mais sensíveis) pode-se perder o controle fino da afinação e do volume de voz, produzindo-se também uma articulação pouco precisa e com desvios nos sons da fala. A qualidade vocal fica pastosa, comprometida para o canto. Um outro fator importante é o edema (inchaço) nas pregas vocais causado pela ingestão de várias doses de bebida, principalmente destiladas.

6. Usar sprays
Medicações em forma de spray devem ser usadas apenas quando prescritas pelo médico e em casos específicos, como por exemplo, de inflamações das vias aéreas, situações onde se deve evitar o uso da voz cantada. Cantar quando não se está em condições de saúde vocal pode ser muito arriscado e corre-se um alto risco de se produzir lesões no aparelho fonador, incluindo edema e disfonias hemorrágicas das pregas vocais. Tais fórmulas em spray geralmente incluem um componente analgésico e anestésico que atua como o álcool sobre as paredes da boca e da faringe. Tais preparados, por serem apresentados em forma de aerosol, chegam a atingir a laringe e os pulmões, podendo reduzir as próprias sensações da laringe e da árvore respiratória, o que prejudica ainda mais o canto.


7. Chupar pastilhas para limpar a voz e a garganta
As pastilhas quando possuem o componente anestésico, apresentam os mesmo inconvenientes causados pelo uso de spray. Quando há presença elevada de cítricos (limão ou laranja), ou ainda em versão dietética, pode haver ressecamento do trato vocal e portanto devem ser evitadas.


8. Mastigar gengibre
Embora muito usado no meio do canto popular e no teatro, não existe nenhum estudo científico sobre sua eficácia. Do mesmo modo, não há estudos controlados sobre os componentes e os efeitos da própolis, porém, parece haver ação antiinflamatória e lubrificante da boca e da faringe.


9. Tomar mel com limão e similares
A combinação de mel e limão ou vinagre e sal é muito utilizada, contudo devem ser evitadas. O mel, consumido de modo isolado, é um lubrificante das caixas de ressonância superiores, a faringe e a boca, mas o limão, o vinagre e o sal ressecam as mucosas, e não devem ser usados com objetivos vocais.

Caso deseje experimentar as receitas caseiras que lhe são sugeridas, procure verificar, de modo crítico, quais os efeitos produzidos em seu aparelho fonador e em sua voz; porém, não faça tais testes antes das apresentações, a fim de evitar surpresas desagradáveis.



» HáBITOS NOCIVOS à SAúDE VOCAL
Os principais hábitos nocivos: 

Pigarrear
O ato de pigarrear é um atrito entre as pregas vocais; este roçar forte e agressivo pode contribuir para o aparecimento de alterações nas pregas vocais, pois o atrito provoca irritação e descamação do tecido.


Falar muito
O excesso de fala, principalmente em emissão continuada é prejudicial para a laringe, pois submete o aparelho vocal a um esforço prolongado; nessas situações, o risco de se desenvolver uma lesão é também maior. Quando o uso continuado de fala ou canto se fizer necessário, procure, em seguida, descansar a voz pelo mesmo período.

Falar cochichando ou sussurrando
Embora, aparentemente, cochichar ou sussurrar possa sugerir relaxamento das pregas vocais, na verdade este é um ato de extrema força que pode, até mesmo, ser mais lesivo que falar com a sonoridade habitual.


Gritar
Falar em voz muito forte ou gritar é utilizar a laringe em sua força máxima; evidentemente, o desgaste é maior e bem mais rápido nessas situações, cansando a voz rapidamente e aumentando o risco do aparecimento de lesões na superfície das pregas vocais, ou até mesmo de hemorragias submucosas. Os gritos devem ficar restritos à situações absolutamente necessárias.


Realizar competição sonora
Falar em locais barulhentos constitui competição sonora, ou seja, você tende  a elevar o volume de voz num esforço para se comunicar, na tentativa reflexa de vencer o ruído do fundo; o pior de tudo é que você geralmente nem percebe o quanto está se esforçando.


Falar fora de sua freqüência habitual
Todos apresentamos uma freqüência de voz que nos identifica e que é chamada de freqüência habitual. Enquanto falamos ou cantamos estamos constantemente variando a freqüência de nossa emissão, porém existe um valor médio onde nossa voz se situa. Alguns cantores tendem a usar a freqüência do canto (geralmente mais aguda) na própria fala, o que representará um abuso vocal, além de soar artificial. Procure usar sua voz, do modo mais natural possível, fora das apresentações.


Imitar sons, vozes e ruídos
Alguns cantores, pelo controle vocal desenvolvido, ou mesmo por dom, apresentam facilidade de imitar sons, vozes de outras pessoas e ruídos. É muito difícil fazer essas manobras e ruídos vocais sem lesar o aparelho fonador, o que determina que a maioria dos imitadores fiquem com sensação de ardor e irritação após acabar suas imitações. Desta forma, se você não tem certeza de que consegue fazer imitações sem se prejudicar, evite-as.

Ingerir cafeína em excesso
A cafeína é encontrada no café, nos chás de ervas e também em refrigerantes dietéticos; além de estimulante, a cafeína favorece o refluxo gastroesofágico, ou seja, o líquido ácido do estômago vem em forma de jato, como uma azia, para na boca, podendo ser desviado para a laringe. O refluxo, por sua composição química, é extremamente irritante para as sensíveis mucosas da laringe. Se você tem o hábito de cafezinhos freqüentes, use o descafeinado.


Ambientes secos
A redução da umidade do ar causa o ressecamento do trato vocal, induzindo uma produção de voz com esforço e tensão. É como se um sistema mecânico altamente potente tivesse que funcionar sem lubrificação de seus componentes. Se sua permanência em locais com ambiente seco (por exemplo, ao viajar para cidades cuja umidade relativa do ar é pequena, ambientes com ar condicionado etc.) for inevitável, procure se hidratar tomando vários copos com água em temperatura ambiente.


Descanso inadequado
Cantar é um ato de extremo gasto energético e os cantores chegam até mesmo a perder peso durante as apresentações. A energia da laringe é recuperada através do descanso, mais especificamente através do sono. A voz nunca está boa depois de uma noite mal dormida. A laringe recarrega sua energia principalmente através do descanso. Programe-se para dormir o suficiente.


Estresse
Um certo estresse é positivo para o canto, pois estresse nada mais significa do que mobilização de energia; porém, o estresse excessivo é negativo (conhecido tecnicamente por distresse) e prejudica a emissão, o que se observa através de cansaço vocal, falta de resistência, rouquidão e - ar na voz -; também pode ocorrer perda de notas da tessitura.


Fumo
É de conhecimento comum que o fumo é altamente nocivo para a laringe, principalmente para cantores. Entre tantos outros efeitos, o fumo causa irritação direta no trato vocal, pigarro, inflamação da região laríngea, tosse e aumento da secreção viscosa. Lembre-se de que existe uma alta correlação entre o tabagismo e o desenvolvimento do câncer, particularmente na laringe e nos pulmões. Aconselhamos os cantores a abandonarem este hábito, considerando não só a saúde vocal, mas a qualidade de vida como um todo.


Álcool
Os líquidos não passam pela laringe, mas o álcool, principalmente os destilados (pinga, vodca e uísque), estão intimamente associados ao desenvolvimento do câncer. O consumo freqüente de bebidas alcoólicas provoca edema, inchaço das pregas vocais e irritação de toda laringe. O álcool fermentado (vinho e cerveja) é o menos irritante. Evite beber antes de cantar. Abandone o mito de que um conhaque antes de cantar melhora a voz.


Mudanças constantes de professor de canto
É sempre importante freqüentar aulas de canto, mesmo se você já se considera um cantor pronto e formado. Nós não nos ouvimos como os outros nos ouvem e, além de toda a instrução técnica do professor de canto, ele representa um ouvido exterior confiável para lhe oferecer uma avaliação de como anda realmente a sua voz. Faça aulas periódicas e, principalmente, procure não ficar mudando de professor o tempo todo, em busca de progressos rápidos e espetaculares. Os professores usam recursos diferentes e mudar constantemente de linha de aprendizado pode prejudicar a voz. A construção de uma voz cantada é um processo de desenvolvimento lento que exige paciência e dedicação.

 

VÍDEOS DE TÉCNICA VOCAL



Respiração
Como acontece? Porque é importante exercitar? Quais os tipos?
Atividade do curso profissionalizante de música com habilitação em técnica vocal
Aluno: Agnaldo Armindo
Professora: Vanessa Lourenci Piaz
Conservatório Belas Artes de Joinville
Respiração pulmonar
A respiração pulmonar é o processo pelo qual o ar entra nos pulmões e sai em seguida, num processo conhecido por ventilação pulmonar. É um acontecimento repetitivo que envolve todo o conjunto de órgãos do sistema respiratório.
  • Inspiração - Quando ocorre a entrada de ar nos pulmões, caracteriza-se pela contração do diafragma e dos músculos intercostais.
  • Expiração - Quando ocorre a saída de ar nos pulmões, caracterizando-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais.
Durante a inspiração e durante a expiração, o ar passa por diversos e diferentes lugares que fazem parte do aparelho respiratório:
  • Nariz - normalmente, é o primeiro lugar por onde passa o ar durante a inspiração, embora ele também possa passar pela boca.
  • Faringe - comum aos sistemas digestório e respiratório, é um canal que faz comunicação entre a boca e as fossas nasais.
  • Laringe - situado na parte superior do pescoço, é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço.
  • Traqueia - é um tubo cartilaginoso que liga as vias respiratórias superiores às inferiores.
  • Brônquio - ramificam-se para os pulmões e direcionam o ar para os alvéolos.
  • Bronquíolo - mais estreitos do que os brônquios, localizam-se entre estes e os sacos alveolares.:[2]
Tipos de respiração e técnica vocal  Dicas de Paulo Rogério, regente do coral Canção Nova Um dos maiores problemas do cantor é a falta de técnica. O canto é algo que já está em nós. As pregas vocais nascem conosco, mas é preciso cuidar delas.
Quando inspiramos as pregas se abrem, e ao expirarmos elas se aproximam. Ou seja, existe uma maneira correta para respirar.
Existem 3 tipos de respiração:
-  Clavicular - muitos a utilizam - e nela há um declínio da voz, porque se joga toda a pressão para o pescoço, travando toda a musculatura. Esse tipo de respiração é responsável por trazer a rouquidão, fenda e 'calo' na voz.
-  Respiração costal, que é a que utilizamos para falar com as pessoas. Não é fundamental para o cantor porque é uma respiração curta, não tem força para manter o trabalho vocal no momento do canto.
-  Diafragmática. Nela, todo o apoio vocal do cantor passa a ficar no diafragma.
Toda vez que você for exercer um trabalho de canto, a primeira coisa que você precisa fazer é um grande relaxamento, um trabalho de respiração e outro de aquecimento vocal. Ao terminar de cantar, também é necessário desaquecer a voz.
Para que você tenha o seu ministério em contínuo desenvolvimento, você precisa fazer o melhor que puder fazer.
Não se esqueça do coração, da alma. Há muitas pessoas que ficam focadas na técnica, e a questão do sentimento fica em segundo plano. Ponha sentimento no seu canto.

REFERÊNCIAS
Trecho da palestra "Técnica vocal e coral” de Paulo Rogério, regente do Coral Canção Nova, no Hallel Canção Nova Módulo de Artes – domingo - 17/08/08
Acesso em 08/03/2012
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SAÚDE E HIGIÊNIE VOCAL
“Dicas, técnicas e cuidados para manter a voz com saúde e qualidade”
Mara Behlau, em seu livro Higiene Vocal define o termo como sendo “algumas normas básicas que auxiliam a preservar a saúde vocal e a prevenir o aparecimento de alterações e doenças". Uma voz saudável significará sempre uma voz agradável, flexível e fácil de utilizar.  Em caso de quaisquer sintomas ou dificuldades a nível vocal, deve ser procurado um Otorrinolaringologista e um orientador de Técnica Vocal.
A quem é dirigido este assunto?
Mara Behlau alerta em seu livro que "as normas de Higiene Vocal devem ser seguidas por todos, particularmente por aqueles que se utilizam mais da voz ou que apresentam tendência a alterações vocais". Esses são chamados os profissionais da voz. Silvia Rebelo Pinho em seu livro "Manual de Higiene Vocal para Profissionais da Voz" explica que os "professores, atores, cantores, locutores, advogados, telefonistas, entre outros, são considerados profissionais da voz. Entretanto, muitas das atividades verbais utilizadas por eles são incompatíveis com a Saúde Vocal, podendo danificar os delicados tecidos da laringe e produzir um distúrbio vocal decorrente do abuso ou mal uso da voz." É alarmante o fato de quase não haver, nas universidades, uma preocupação em preparar estes profissionais para lidar com a voz no seu dia à dia, já que ela é parte fundamental como instrumento de trabalho.
Algumas formas de abuso vocal:
(Este texto foi tirado do livro "Manual de Higiene Vocal para Profissionais da Voz" Silvia Rebelo Pinho. Editora PRÓ- FONO 1997)
·        Gritar sem suporte respiratório;
·        Falar com golpes de glote;
·        Tossir ou pigarrear excessivamente;
·        Falar em ambientes ruidosos ou abertos;
·        Utilizar tom grave ou agudo demais;
·        Falar excessivamente durante quadros gripais ou crises alérgicas;
·        Praticar exercícios físicos falando;
·        Fumar ou falar muito em ambientes de fumantes;
·        Utilizar álcool em excesso;
·        Falar abusivamente em período pré-menstrual;
·        Falar demasiadamente;
·        Rir alto;
·        Falar muito após ingerir grandes quantidades de aspirinas, calmantes ou diuréticos;
·        Discutir com frequência;
·        Cantar inadequada ou abusivamente ou, ainda, participar de corais e cantar em vários estilos musicais;
·        Presença de refluxo gastresofágico, altamente irritante às pregas vocais (o refluxo gastresofágico é decorrente de disfunções estomacais, responsáveis pela liberação de ácido péptico, que em algumas situações pode banhar as pregas vocais, agredindo-as).
Permitido!
1.     Manter uma postura correta enquanto se trabalha com a voz: corpo ereto com correto alinhamento do eixo cabeça-pescoço-costas, mas relaxado.
2.     Aquecer e desaquecer a voz antes e depois dos esforços vocais, através de exercícios e vocalizes.
3.     Manter o aparelho fonador hidratado, bebendo uma média de 2 litros de água por dia, de preferência à temperatura ambiente.
4.     Praticar uma alimentação saudável, rica em alimentos leves e de fácil digestão (frutas, legumes, vegetais, peixe, frango).
5.     Ingerir citrinos ou o suco destas frutas, que auxiliam a absorção do excesso de secreções, e maçã, que tem propriedades adstringentes.
6.     Dormir 8 horas por noite e repousar nos períodos de maior trabalho vocal.
7.     Fazer repouso vocal após o uso intensivo da voz.
8.     Praticar exercício físico regularmente, como natação, ciclismo, aeróbica, etc. (respiração e alongamento dos músculos).
9.     Aprender a ouvir a própria qualidade vocal, para reconhecer o esforço vocal e as tensões desnecessárias e conseguir assim evitá-las.
10.                        Em caso de sintomas ou dificuldades a nível vocal, consultar um Otorrinolaringologista ou um orientador de Técnica Vocal.
A Evitar!
1.     Evitar festas ruidosas e lugares barulhentos, antes e depois do esforço vocal, já que obrigam à competição sonora entre a voz e o ruído.
2.     Evitar a permanência em ambientes refrigerados ou aquecidos por ar condicionado, já que este retira a humidade do ar. Se isto não for possível mantenha as pregas vocais hidratadas.
3.     Evitar ambientes com poeiras, mofo ou cheiros fortes e irritantes.
4.     Evitar tossir ou pigarrear, já que favorecem o atrito nas cordas vocais; optar por engolir saliva ou beber água para afastar o incómodo.
5.     Evitar alimentos pesados, muito condimentados ou gordurosos antes de deitar, para evitar o refluxo gastresofágico que é prejudicial às pregas vocais.
6.     Evitar também estes alimentos antes da atividade vocal, pois dificulta o controle e movimentação do diafragma.
7.     Moderar o consumo de café, chá preto e bebidas com gás, entre outras bebidas irritantes antes de cantar, pois impregna nas pregas vocais, altera o sistema nervoso e a atividade intestinal.
8.     Evitar o consumo de leite e derivados antes de intensa atividade vocal, pois aumentam a secreção de muco no trato vocal e prejudica na emissão e projeção da voz.
9.     Evitar usar muito a voz após ingestão de grandes quantidades de aspirina, calmantes ou diuréticos, que ressecam a mucosa e alteram o sistema nervoso.
10.                        Evitar as roupas apertadas junto ao pescoço e cintura (golas altas, cintos apertados, calças ou saias muito justas) e sapatos de salto muito altos.
11.    Evitar falar enquanto se faz exercício físico.
12.    Evitar esforços vocais durante o período pré-menstrual, já que as alterações hormonais facilitam o desenvolvimento de disfonias.
Proibido! 1.     Evitar o cigarro e bebidas alcoólicas, grandes inimigos de quem trabalha com a voz.
2.     Nunca fazer esforço vocal ou cantar quando não se apresentam boas condições de saúde, principalmente estados gripais, rouquidões ou crises alérgicas.
3.     Nunca expor o aparelho fonador a choques térmicos, como mudanças bruscas da temperatura do ar e alimentos ou bebidas geladas ou muito quentes.
4.     Evitar locais poluídos com fumo seja ele originado por tabaco, fogueiras, escapes de automóveis, etc. Resseca as pregas vocais.
5.     Não utilizar o álcool ou qualquer outro tipo de drogas como desinibidores, pois ressecam e anestesiam a garganta, possibilitando abusos vocais.
6.     Evitar gritar, falar muito alto sem apoio respiratório ou sussurrar, já que submetem as cordas vocais a um esforço exagerado e atrito.
7.     Evitar entrar nas reservas de ar durante o uso da voz falada.
8.     Não trabalhar a voz ou ensaiar por muito tempo sem descanso.
9.     Nunca tomar medicamentos por conta própria; o uso de pastilhas, sprays ou anestésicos sem orientação médica, pois pode agravar os sintomas e ter graves consequências em longo prazo; por outro lado, o mesmo medicamento resulta de forma diferente em organismos diferentes.
10.                        Evitar também o recurso a chás e infusões de efeito desconhecido, pois nem sempre resolvem o problema e podem acabar por irritar ou ressecar as mucosas.
Como manter a saúde do Sistema Fonador
·        Aqueça e desaqueça a voz, antes e depois de usar a voz por muito tempo. O aquecimento trabalha a flexibilidade muscular, necessária para que a extensão vocal ocorra sem tensão. O desaquecimento é necessário para retornar à voz falada natural (sem projeção, laringe elevada, etc.).
·        Quando estiver em grupo (como em sala de aula, por exemplo), procure falar no centro do ambiente, para que a acústica do local se encarregue de propagar sua voz; assim, você estará poupando-se de um esforço desnecessário.
·        Procure falar/cantar de forma tranquila: respire adequadamente, pausadamente, procurando não esmagar a voz nem usar o "ar de reserva" durante uma conversa/canto.
·        Quando for inevitável o uso prolongado de sua voz, procure contrabalançar, fazendo um repouso vocal de pelo menos 30 minutos, a fim de poupar a musculatura fonatória e irrigar as cordas (pregas) vocais.
·        SEMPRE ESTEJA ATENTO À SUA RESPIRAÇÃO. Aprenda a descobrir as pistas que o seu corpo dá: Como ele está antes do relaxamento? Qual é a parte de seu corpo que mais demora a relaxar? Quais são os músculos que você retesa quando fica tenso? Como está sua respiração? Questione sempre! OBSERVE!
·        Registre-se ainda a necessidade da adoção de uma postura consentânea para a eficaz utilização da voz, e, por conseguinte, do aparelho fonador. Pode-se dizer que muito se toma emprestado da postura utilizada na atividade do canto. Dentre os aspectos intrínsecos a essa postura, pode-se importar:
·      Quanto ao posicionamento dos pés – Os pés devem se encontrar afastados na direção dos ombros,
·      Quanto à coluna – A coluna deve ser mantida em forma retilínea, com os ombros e braços relaxados a fim de não tencionar o pescoço;
·      Deve-se manter o queixo reto, sempre na direção frontal;
·      Buscar não perder a concentração;
·      Evidentemente quando o uso da voz se dá com o individuo sentado, também se pode tomar emprestado dicas da postura para o canto, de modo que: a maneira de se sentar corretamente é sob os ossos das nádegas;
·      A coluna e o queixo devem estar retos e os ombros e braços relaxados.
Além disso, para que a higiene, saúde e limpidez da voz, para uma postura adequada, deve-se sobretudo se ter preocupação com a RESPIRAÇÃO. A postura e a respiração andam em conjunto.
Para isso, um medico especialista no aparelho respiratório pode vir a ser importante. De todo modo, enquanto a inspiração deve ser sempre nasal (o nariz funciona como verdadeiro filtro do ar), a expiração deve ser dada pela boca.
Deve-se ainda utilizar a respiração denominada diafragmática. Ou seja, após a inspiração pelo nariz, deve-se proceder a canalização do ar em direção à região do abdômen. Para uma correta respiração, os ombros e o peito não devem ser movimentados.
Na expiração, por sua vez, a barriga vai se esvaziando aos poucos. Deve-se ter certa cautela, pois não é admissível que se pressione a barriga para esvaziar mais de pressa quanto ao conteúdo do ar.
FONTE:
Higiene Vocal Para o Canto Coral. Mara Behlau & Inês Rehder. Editora REVINTER , Rio de Janeiro, 1997.
Higiene Vocal - Informações Básicas. Mara Behlau e Paulo Pontes. Editora LOUVISE LTDA, São Paulo, 1993.
Manual de Higiene Vocal para Profissionais da VOZ. Sílvia M. Rebelo Pinho.Editora PRÓ- FONO , Carapicuiba, 1997.
M. Celina M. B. Mello - Fonoaudióloga
Eduardo Bernini - Maestro

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MÉTODO PARA APRENDER E TREINAR MÚSICAS EM CASA
Pequenos Cantores de Cristo
 Aprendendo músicas em casa:
1.      Ouvir a música uma vez de olhos fechados e em seguida (sem a música) ler a letra da música toda. Dar mais atenção, e REPETIR às palavras ou frases de difícil pronúncia, ou com muito ditongo, ou com sequencia seguidas de: sc, rr, p, b, m, n, etc...
2.      Ouvir atentamente acompanhando a letra de duas a três vezes a música toda. Quanto mais difícil e/ou desconhecida mais vezes deve-se ouvi-la antes de tentar cantar.
Nessa parte se aprende a melodia em si, as frases (rítmico silábico), e o ritmo melódico (a “divisão” de cada frase). É o momento de interiorizar a música e a melodia. É a parte que exige mais atenção e concentração ao ouvir a música várias vezes.
Sugestão: Sublinhar cada sílaba mais forte ou sílabas que necessite esticar por mais tempo. Sempre a lápis para posteriormente apagar quando aprender bem para não viciar
3.      Ouvir e murmurar a música junto com alguma sílaba, como lá lá, na na ou algo semelhante. No mínimo duas vezes a música toda. Nessa parte se coloca em prática o escutado anteriormente dando mais importância ao fraseado, à melodia, antes de partir para a letra cantada .
4.       Canta-se junto com a música. Cuidado para não atropelar o ritmo melódico e nem entrar antes, ou depois, do tempo certo. É o ponto final do treino. É o momento que vai se fixar a melodia. Pelo menos duas a três vezes.
Importante sempre marcar o tempo batendo o pé ou a mão. Bom fazer isso desde o passo 1. Tempo total estimado para uma música ser bem aprendida em casa: 20 minutos. Pode ser mais dependendo a dificuldade e/ou tamanho da música. (O tempo mínimo por música deve ser de 15 minutos dependendo do tamanho e dificuldade, o objetivo aqui é aprender BEM a música) Os ensaios servem apenas para arredondar, modificar ou corrigir alguns trechos se necessário.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:
1.       Isso deve ser feito em um ambiente silencioso e que seja favorável à concentração.
2.       Sempre fazer alongamento e aquecimento antes. Ao menos uns 5 minutos fazendo:
- Alongamento: Ombros e pescoço
- Aquecimento: Hmm...  Dzzz... Brr... Prr... (contínuo e estaccato), uníssono (mesma nota sempre) e grisando (passeando pelas notas).
NUNCA FAZER TREINO VOCAL SEM AQUECER ANTES
3.       Caso alguma música esteja em um tom muito alto, não se deve forçar JAMAIS! Nesse caso, somente murmure, e ouça a música por mais vezes para entender a melodia, mas não forçar. Caso seja somente alguns trechos que tenham notas muito altas, deve-se pular esses trechos (não cantar) e ouvi-los mais do que o resto da música. No ensaio agente modificará os tons.
4.       CASO JÁ CONHEÇA A MÚSICA NÃO se deve deixar de ouvi-las! Mas sim, ouvir várias vezes cantando junto para fixar a melodia. O recomendável é ouvir umas duas vezes sem cantar junto para verificar a letra, melodia, paradas, frases (tudo que se aprende nos passos 1, 2 e 3) e depois cantar junto com a música. Tempo mínimo 5 a 10 minutos por música, dependendo a dificuldade e tamanho.
5.       Dar PRIORIDADE às músicas mais difíceis primeiro, e fazer esse método TODOS OS DIAS. Quando se aprender bem a música é interessante ficar ouvindo-as e cantando junto TODOS OS DIAS ou o máximo possível.
Seguindo à risca esse roteiro ao treinar e aprender as músicas em casa, ganhar-se-á muito tempo nos ensaios, para treino de duas ou três vozes, cânones, “back-vocals”, e outras atividades que farão o grupo melhorar MUITO MAIS!
Autor: Agnaldo Armindo - Coordenador Musical - 01/2012
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Um pouco sobre a voz 
Muitas vezes a maior dificuldade é conseguir cantar bem e cantar afinado. Mas nossa voz é parte do nosso corpo e precisa de cuidados especiais para que com o tempo não a estragamos.
Segue abaixo algumas dicas de cuidados com voz, bem como alguns exercícios de aquecimento físico e vocal que são essenciais para serem feitos antes de cantar.

Cuidar da voz

Lembrando que cada pessoa tem suas particularidades, e o objetivo é que você conheça os seus limites e aja com inteligência.
- Os exercícios devem ser feitos de pé e após um relaxamento. É necessário observar com cuidado para que a vocalização esteja correta, evitando-se cometer abusos.
- Após as horas de uso vocal, deve-se observar absoluto silêncio e repouso físico. Horas antes do espetáculo recomenda-se repouso vocal ou economia da voz.
- Cuidado com os conselhos milagrosos de terapia caseira, como: goles de conhaque antes de cantar, mascar gengibre, gargarejos com sal e limão, etc.
- A higiene bucal deve ser rigorosa, pois qualquer irregularidade pode contaminar a garganta, podendo advir uma rouquidão
- Cuidado com o uso de chá, café, cigarro, pastilhas de toda a ordem e balinhas, que após realizar uma inspiração bucal, gelam a mucosa e podem até anestesiar as cordas vocais.
- A respiração, para um bom desempenho vocal, deve ser de pouca entrada de ar.
- Quando uma rouquidão se instala, principalmente sem causa aparente, deve ser investigada com rigor, para evitar qualquer tipo de prejuízo vocal
- Problemas persistentes relacionados a voz devem ser examinados por fonoaudiólogos; inclusive um "check-up" preparatório antes de se começar aulas de canto é uma boa sugestão

Os itens que compõem a saúde vocal

Hidratação – água é essencial para o funcionamento do aparelho respiratório e também do aparelho fonador. A hidratação é essencial às pregas vocais por causa dos efeitos da fricção. (Callaghan, p. 97-8).
Saúde geral – o corpo é o instrumento! Desidratação, fadiga e outras doenças podem afetar a mucosa que cobre as pregas vocais, alterando a lubrificação e causando queda no rendimento vocal. Exemplos: alergias, tosses, asma; os "gelados".
Boa forma – excesso de peso, um corpo fora de forma sem força muscular torácica e abdominal... Tudo isso debilita a fonte de energia da voz.
Estilo de vida – bebidas e drogas têm efeito desidratante, além de psicológicos. Remédios também! Anti-histamínicos, diuréticos, remédios para indigestão, calmantes e alguns antibióticos.
Evitar cansaço e fadiga vocal – o cansaço afeta a voz. O sono é fundamental. Mas a fadiga vocal também pode ser consequência da falta de aquecimento antes de cantar, ou de uma conversa em locais onde há muito barulho e é preciso falar em volume elevado.
Usar técnica para atingir bom uso da voz – voz gritada, forçar a voz, cantar fora da região, falar fora da região como pessoas que gostam de falar grave – pesquisadores descobriram ser essa uma causa de problemas na voz. (Callaghan, p. 106), ensaiar "dando tudo", cantar sem aquecer, etc.

- O que evitar:

1       A fumaça quente do cigarro agride todo o sistema respiratório e, principalmente, as pregas vocais causando irritação, pigarro, tosse, edema, aumento de secreção e infecções; a fumaça agride diretamente a mucosa que protege as pregas, aumentando o muco e provocando pigarro, favorecendo irritação e alteração na voz.
2.        O álcool causa irritação semelhante à produzida pelo cigarro; embora a pessoa que ingere álcool sinta-se mais solta, há uma leve anestesia na faringe, e pode-se abusar da voz sem que se perceba. Quando passa o efeito, pode-se sentir ardor, queimação e voz rouca e fraca.
3.        As drogas inalatórias ou injetáveis tem ação direta sobre a laringe e a voz, podem alterar a mucosa e causar lesões no septo nasal.
4.        Se você sofre de problemas nas vias respiratórias, evite umidade, mofo, poeira, agasalhos de lã, perfumes, inseticidas, desinfetantes, tintas frescas e tudo que possa desencadear suas crises.
5.        Bebidas geladas ou quentes agridem o muco, se não dá para evitá-las deixe uns segundos na boca antes de engolir; café altera o sistema nervoso e agride o muco pelo calor; leite e chocolate aderem ao muco; balas, pastilhas e sprays podem mascarar a dor do esforço vocal, prejudicando as mucosas.
6.        Roupas apertadas na cintura e no pescoço impedem a livre movimentação do diafragma e da laringe.
7.        Pigarrear e tossir com frequência contribui para alterações nas pregas vocais, pelo atrito. Melhor inspirar e engolir a saliva, tomar água e fazer gargarejos para limpar a garganta.
8.        Mudanças bruscas de temperatura e o ar condicionado, favorecem alterações na mucosa.

- O que podemos fazer:

1.        Tomar água na temperatura ambiente antes, durante e depois da apresentação, para repormos os sais perdidos pelo esforço e hidratarmos as pregas vocais.
2.        A maçã é excelente para a voz, auxilia a limpeza da boca e da faringe; suco de laranja auxilia a absorção do excesso de secreção. No caso de garganta irritada, gargarejos de água morna com sal, meio copo para uma colher de café ou de água morna com tintura de própolis, meio copo para dez gotas ajudam bastante. Cristais de gengibre auxiliam, mas em excesso agridem.
3.        Fazer relaxamento, alongamento e aquecimento do corpo e pregas vocais antes de cada apresentação, por quinze, vinte minutos ou meia hora, o mais próximo possível da hora de cantar.
4.        Ingerir comidas proteicas e leves, como massas, que digerem rápido, ao menos uma hora e meia antes de cantar, temos alto gasto energético no palco, e precisamos dessa energia. Cantar de barriga vazia cansa e de barriga cheia atrapalha a movimentação do diafragma.
5.        Dormir bem, pois a voz necessita de energia e do corpo descansado. (7 a 8  horas por dia)
6.        Caminhar e nadar são os melhores exercícios para quem canta, pois trabalham de forma geral a musculatura e respiração.
OBS: sentindo alterações na voz por período prolongado ou muita frequência, procure um fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista.

Aquecimento físico

Você já conhece o valor do seu corpo para a voz. Para cantarmos usamos muitas partes do nosso corpo. Para facilitar esse trabalho e os músculos trabalharem preparados precisamos antes do aquecimento vocal, fazer o aquecimento físico. Por esta razão segue exercícios de alongamento e relaxamento. Use roupas leves e folgadas para não dificultar os movimentos.
Mas antes uma observação importante; Sempre relaxe entre um exercício e outro, nunca exceda os seus limites tensionado demais os músculos, isso vai piorar cansando a musculatura ao invés de aquecer.
1.         Alongamento: de pé, levante os dois braços e vá se esticando suavemente para cima como se quisesse alcançar uma corda que está um pouco acima de sua cabeça. Mantenha os pés bem fixos no chão.
2.         Relaxamento: movimente os braços e as pernas livre e suavemente para ativar melhor a circulação sanguínea e aquecer a musculação (dê chutes curtos no vento e simule natação, por exemplo).
3.         Acorde o diafragma: vamos desenvolver as atividades e a capacidade do diafragma; inspire e expire rapidamente dando sopapos no diafragma como se estivéssemos bombardeando o abdome. De 1 a 2 minutos.
4.         Aquecimento muscular do pescoço I: abaixe completamente a cabeça (coluna reta, por gentileza) e comece a erguê-la vagarosamente. Vá repetindo os movimentos, para cima e para baixo. Em seguida faça de um lado a outro, inclinando a cabeça e apoiando a mão direita na orelha esquerda. Depois troque os lados e inverta.
5.         Aquecimento muscular do pescoço II: troque o movimento vertical pelo horizontal; ponha a cabeça no limite que ela se move para um lado, olhando para o ombro e vá virando para o outro, passando o olhar de um ombro ao outro inclinando a cabeça para frente no limite (sem forçar pra não machucar). Depois faça mesma coisa só que olhando para cima com a boca aberta. Lembre-se esse exercício é feito sempre do tipo em meia lua, sem girar a cabeça totalmente.
6.         Aquecimento muscular do pescoço III: para finalizar o aquecimento do pescoço faça movimentos giratórios com a cabeça. Faça-o com calma e devagar, pois a musculatura do pescoço nessas circunstâncias é sensível. Não force além do limite. Faça para um lado três vezes e depois para o outro.
7.         Acionamento bucal: faça movimentos com a boca (caretas mesmo) para acionar a musculatura da boca; abrindo e fechando, esticando para os lados, etc.
8.         Aquecimento dos ombros: puxe os ombros para cima juntos. Segure-os por alguns segundos e solte de uma vez. Repita o exercício três vezes. Na sequencia faça o mesmo só que um ombro por vez. Depois num terceiro momento gire os ombros juntos para frente e depois para trás, e por fim gire-os um após o outro alternando os movimentos.

Exercícios respiratórios

1.                  Inspirar expandindo o tórax/barriga; sinta o alargamento das costelas flutuantes, mais ou menos na altura da cintura. Não levante os ombros nem estufe o peito! Mantenha a musculatura do pescoço relaxada. Prenda o ar por alguns segundos e expire esvaziando totalmente os pulmões;
2.                  Repita o ex.1, fazendo o som "SSSSS..." (contínuo) durante a expiração; mantenha o som homogêneo, estável, sem variações de intensidade, durante um tempo confortável e sem exageros;
3.                  Repita o ex.1, desta vez fazendo staccato; (você não sabe o que é staccato?). Quer dizer, som cortado em sequências rápidas e fortes. SSS...SSS...SSS...SSS”; a cada som, procure expandir o tórax (como se quisesse alargar a cintura);
4.                  Alternar os sons "SSSSS" e "S" "S" "S" (contínuo/stacatto);
5.                  Repetir os mesmo exercícios acima, com os sons "CH" e "FFFF"; marque o tempo que achar confortável, e procure ir aumentando sua capacidade, sem perder qualidade;. Podes alternar entre contínuo e staccato.

Aquecimento vocal

Como aquecemos o nosso corpo antes de algumas atividades físicas devemos aquecer sempre a nossa voz antes de uma apresentação assim não estamos comprometendo a saúde vocal.
Aquecendo a voz estamos na verdade:
  • Aumentando a elasticidade da musculatura vocal
  • Aumentando a extensão da voz
  • Trabalhando o controle da voz
  • Melhorando o timbre e várias outras coisas como articulação, ressonância, projeção, afinação e respiração.
Importante: quando aquecemos a voz não se deve preocupar com afinação... Mas sim em buscar o estado físico, mental, psíquico com tensão controlada das cordas vocais e músculos envolvidos no processo respiratório.
OBS: Antes do aquecimento, estar sempre relaxado (fazer sempre os exercícios de relaxamento antes)
1.       Moído: feche a boca e comece soando som “hummmmm” igual a uma vaca preguiçosa. Note que o som (grave) fica armazenado na faringe (cavidade no começo da garganta). 
Inicie com a mesma nota. Depois faça-o grisando,  ou seja, variando as notas do grave ao agudo (como um aviãozinho descontrolado). Faça isso também nos exercícios 2.       Staccato: vamos repetir o exercício acima em staccato Use o diafragma para impulsionar o som. 3.       Ssss: agora de boca aberta, trabalhe nos moldes acima um “psiu” com o som de “ssssssss”. Varie entre Staccato e contínuo. 4.       Zzzz: ainda seguindo o modelo anterior, execute “Zzzzzzzzzzz”. 5.       Sons: agora para relaxar, produza o som “Ffffffff” semelhante a um pneu vazando ar. Em seguida, uma chuva; “Xxxxxxxxx” e finalmente, um aviãozinho usando o “V”; “Vvvvvvvvvvvvvvvvvvv”.(este último use notas) 6.       “Rrrrrrrr”, “Trrr” e “Prrrr”. Para este último exercício, coloque e tremule a língua no céu da boca. Contínuo e Staccato uníssono (mesma nota) e variando as notas (grisando)
OBS: O ideal é aquecer sempre de acordo com o tempo que você irá cantar. O tempo total ideal para uma prática vocal de um a duas horas é entre 15 a 30 minutos.
Agora é só soltar a voz e cantar!
Autor: Agnaldo Armindo - Coordenador Musical - 01/2012